ILHAS DE PARATY
(Clique nas fotos para ampliar)
O extenso e recortado litoral de
Paraty começa no Distrito de Mambucaba (divisa com Angra dos Reis) e termina
na Vila de Trindade (divisa com Ubatuba).
Nele se insere a Baia de Paraty,
com 65 ilhas e mais de uma centena de praias. A região e repleta de
reentrâncias naturais, favorecendo a implantação de Marina, ancoradouros e
pequenos estaleiros.
O território municipal integra a
região turisticamente conhecida como “Costa Verde" fluminense, ao sul do
estado do Rio de Janeiro, aonde vem se desenvolvendo um dos maiores parques
náuticos do país.
Identificamos, ordenamos e
classificamos a seguir, algumas dessas ilhas, obedecendo tanto quanto possível,
seu posicionamento do sul (Trindade) para o norte (Mambucaba), escolhido e
selecionado pela sua importância para o turismo.
Ilha Deserta
Em frente à Ponta da Cajaíba, no
início da Enseada do Pouso, a 90 minutos do cais de Paraty.
O lajeado que caracteriza o
atrativo constitui habitat natural de peixes de toca e pelágicos, transformando
o local em excelente pesqueiro. Sua intensa vida submarina povoada por cardumes
coloridos e a boa visibilidade das águas adjacentes, limpas, transparentes e de
pouca profundidade, fizeram da ilha um concorrido ponto de mergulho,
considerado um dos melhores da região.
Existem restos de um naufrágio,
distante apenas cerca de 100 m para fora da ilha, situado a 30 m de profundidade,
perfeitamente acessível a mergulhadores experientes.
Possui intensa cobertura vegetal.
Acesso marítimo pelo cais de Paraty ou por Paraty-Mirim.
Ilha da Cotia
Entre o Saco de Santa Cruz e o
Saco da Preguiça, a 120 minutos do cais de Paraty. Foi usada, no passado, para
comércio ilegal de ouro e tráfico de escravos. Os escravos fujões e revoltados
eram acorrentados em gruta próxima, afogando-se com a subida da maré.
Na ilha existe uma fazenda
marinha de mexilhões, franqueada à visitação.
É coberta por espécies nobres da
Mata Atlântica: jacarandá, aroeira, guapuruvu, peroba, cedro e canela e povoada
por capivaras, gambás, cotias, tatus e lagartos e vários tipos de aves: sabiás,
tiês, trinca-ferros, maritacas e martim pescadores.
As belas praias de Dentro e de
Fora são interligadas por trilhas. Na Praia de Dentro o Bar do Gilberto serve
de apoio aos turistas. Franqueada para camping com vários locais de fácil
apoitamento, protegidos dos ventos.
Ilha do Algodão
Entre a Ponta do Arpoador e a
Ponta da Cajaíba, a 45 minutos do cais de Paraty. É a maior ilha da Baía de
Paraty, com altitude de 230 m.
Domínio da Mata Atlântica, com
várias espécies nativas: araribás, louros, cedros, canelas, ipês, coqueiros e
palmeiras, e povoada por pequenos animais: tatus, cotias, pacas, lagartos,
preguiças e porco-do-mato. Excelente ponto para mergulho e pescaria.
Nela vive comunidade pesqueira
com igreja e escola rural, servida por 2 pier's de atracação.
Uma nascente supre as
necessidades da ilha e abastece as embarcações que circulam pela região. Sua
maior atração é o Restaurante do Hiltinho, especializado em peixes e
frutos-do-mar. A maior parte da ilha pertence ao Sr. Gibrail Núbile.
Ilha dos Cocos
A Laje dos Cocos proporciona
belos mergulhos e excelentes pescarias. A ilha é inteiramente coberta por densa
e compacta floresta tropical com árvores de pequeno e médio porte.
Na bela e encantadora Enseada dos
Cocos, também chamada Baía dos Cocos, a limpidez e transparência das águas e
sua pouca profundidade permitem que se veja o deslocamento de imensos cardumes
coloridos que afloram à superfície com a simples aproximação dos barcos,
propiciando belo visual para fotos, e ótimos pontos para mergulho de
observação. Local de visita e ancoragem, com parada para almoço para a maioria
dos saveiros que passeiam pela baía.
Pertence ao Sr. João Gentil, com
pier de atracação para seu uso exclusivo. É um dos pontos mais concorridos do
litoral paratiense.
Os turistas costumam levar para
os grandes cardumes de peixes que se abrigam na baía, alimentos que são
rapidamente devorados, para satisfação de crianças e adultos.
Ilha dos Meros
Entre a Ponta do Arpoador e a
Ponta da Cajaíba, em pleno mar aberto, a 120 minutos de Paraty.
Cercada por extensos costões
rochosos, com muitos blocos de pedra isolados, de vários tamanhos e formatos,
entre os quais se refugiam peixes de toca e de passagem.
Na Enseada da Ilha dos Meros
podem ser vistos cardumes coloridos de peixes pelágicos e vários tipos de
bancos de coral. Por tudo isso, constitui excelente local pesqueiro e de
mergulho, com profundidades variadas de 4 a 20 m, que podem ser alcançados com
boa visibilidade e segurança.
A ilha é revestida por intensa
cobertura vegetal onde vivem pequenos animais silvestres, como lagartos e
saracuras.
Possui vários pontos de fácil
ancoragem, mas sem praias ou cais de atracação. Integra o roteiro de vários
saveiros que realizam passeios pela região.
Ilha dos Ratos
Pequena formação insular, entre a
Ilha Comprida de Fora e a Ilha dos Meros, em frente à Ponta do Arpoador, a 8
milhas náuticas de Paraty.
Sua orla alterna grandes blocos
de pedra com paredões de granito, própria para captura de peixes de toca e de
passagem.
Coberta por vegetação de pouca
densidade e pouca expressão visual. A profundidade média em torno da ilha
oscila entre 9 e 15 m, com águas limpas e transparentes, ideais para mergulhos.
Local de intensa vida submarina, com muitos cardumes coloridos e blocos de
coral.
Possui boas condições de
apoitamento, embora sem praias nem nascentes de água potável, a qual provém do
continente. Propriedade particular de acesso proibido, habitada por família de
pescadores.
Ilha do Catimbau
Pequena formação rochosa entre a
Ponta Grossa de Paraty e a Ponta do Arpoador, em frente à Ilha Comprida, a 35
minutos de Paraty. Formada por grandes blocos de pedra, situada pouco acima
da linha d'água, a 7 milhas náuticas do continente.
Sua importância reside em seu
estratégico posicionamento na rota da maioria dos saveiros que saem de Paraty.
Possui exígua presença vegetal, que se resume a algumas pequenas árvores e uns
poucos coqueiros.
Constitui excelente pesqueiro
artesanal, dotada de pequeno pier de atracação. ótima para mergulhos, com
visibilidade de até 15 m. Pertence ao Sr. Pérsio Freire.
Ilha Comprida de Fora
Ao norte da Ilha do Catimbau, em
frente ao Morro da Conceição, a 40 minutos do cais de Paraty. A presença de
blocos de granito e extensos costões rochosos, frequentados por várias espécies
de peixes, a tornam recomendável para mergulhos e pescarias.
Disputa com a Ilha dos Cocos a
condição de melhor pesqueiro da região, devido às suas águas límpidas e
transparentes e sua populosa vida subaquática, com muitos cardumes coloridos e
grandes formações de corais.
Possui densa mata tropical com
espaço resèrvado para pomar de frutíferas como laranjeiras, limoeiros,
abacateiros, mangueiras, bananeiras, amoreiras, pitangueiras, pés de abacaxi e
de maracujá. Pertence ao comerciante e hoteleiro Eduardo Pace Junior,
proprietário da Pousada Antigona e dos saveiros Antigona, Tethys e Caminante.
Ilha da Pescaria
Entre a Praia Vermelha e a Praia
das Lulas, próxima às ilhas do Catimbau e Comprida de Fora, a 8 milhas náuticas
de Paraty. Entre a ilha e o continente encontra-se o Canal do Cristo, de águas
claras e transparentes, ponto de visita quase obrigatório dos saveiros que
circulam pelo mar de Paraty.
Sua orla é enriquecida por
costões rochosos e pedras isoladas, muito procurada para mergulhos diurnos e
noturnos, com profundidade média de 10 m e boa visibilidade.
Como seu próprio nome indica,
constitui excelente ponto pesqueiro muito conhecido na região. Possui farta e
exuberante cobertura vegetal.
Pequena nascente atende as
necessidades da ilha durante a maior parte do ano, sendo complementada no
período da seca com água do continente.
Pertence ao Sr. Cid Ribeiro de
São Paulo, que nela mantém casa de veraneio com piscina, jardim, heliporto e
rampa para lancha. Acesso restrito ao proprietário e seus convidados.
Ilha dos Ganchos
Entre a Ilha do Mantimento e a
Ilha Comprida de Fora, em frente à Ponta Grossa de Paraty, a 45 minutos da
cidade.
Sua orla tem como característica
a presença de extensos paredões rochosos e grandes blocos de pedra de vários
tamanhos e formatos.
Ao contrário da maioria das
ilhas, possui vegetação rasteira sem maior expressão. As condições ambientes,
contudo, a tornam concorrido ponto pesqueiro, com abundante vida submarina e
constante presença de peixes de toca e de passagem.
Suas águas límpidas e claras
fazem do local bom ponto de mergulho com pouca profundidade e grande segurança.
Moderna residência de veraneio com pier de atracação exclusivo, serve à família
do proprietário. Acesso marítimo pelo cais de Paraty.
Ilha dos Cachorros
Entre a Ilha Rasa e a Ilha do
Mantimento, em frente à Ponta do Jurumirim, a 15 minutos do cais de Paraty.
Sua orla povoada de pedras de
vários tamanhos e formatos, protegida por paredões rochosos, constitui
excelente criadouro de robalos, com frequente presença de outras espécies
marinhas como garoupas, badejos, tainhas, paratis e carapaus, muito procurada
por pescadores.
Possui boa cobertura vegetal, com
algumas árvores frutíferas: manga, cajú, laranja, limão, carambola e
jabuticaba. Pertence à família de Joaquim Albino Moreira, que nela construiu
pequena casa de moradia, alugada para fins-de-semana e curtas temporadas.
Piscina natural de água salgada
cercada de pedras constitui excelente pedida para tomar banhos de mar com total
segurança. Acesso marítimo pelo cais de Paraty.
Ilha da Bexiga
Entre a Ponta da Tapera e a Ponta
do Bom Jardim, próxima ao cais de Paraty.
Pertence à família do famoso
navegador Amyr Klink, que nela mantém moderna casa com gramado e pier de
atracação. É parcialmente coberta por vegetação, exceto na parte norte, onde é
rarefeita. Possui apenas 0,14 km² de área.
Sua única praia, à oeste da ilha,
com apenas 30 m, localiza-se no interior de pequena enseada. Uma trilha na
encosta conduz ao ponto mais alto da ilha (45 m), onde se encontram as ruínas do
forte da Bexiga, um dos 7 fortes que compunham a defesa de Paraty.
O nome da ilha decorre de uma
epidemia de varíola que assolou a região no início do século, na época
conhecida como bexiga.
Conta-se que as pessoas doentes
lá faziam a quarentena. Visitas franqueadas pelo proprietário, mas restritas
aos períodos de maré baixa, devido à difícil abordagem.
Ilhas Duas Irmãs
Entre a Ilha Rasa e a Ilha da
Bexiga, a 10 minutos do cais de Paraty. São duas pequenas formações rochosas a
curta distância uma da outra, cobertas por bromélias.
Possui pequena praia de areias brancas
e finas, coalhada de pequenas conchas, banhada por mar calmo de águas
esverdeadas, desaparecendo na maré alta.
Seu entorno pedregoso constitui
abrigo e refúgio para peixes e crustáceos, onde podem ser encontradas várias
espécies marinhas como carapaus, peixes-agulhas, caranguejos, ostras e siris.
No seu pequeno pomar delícias
como goiabas, abacates, limões, cajús e açaís.
Além da pequena e simples
residência do caseiro, o proprietário da ilha, Sr. Luiz Molero de São Paulo,
construiu 3 apartamentos de aluguel, com sala e banheiro privativo. Acesso
marítimo pelo cais de Paraty.
Ilha Sapeca
Fica entre a Ilha do Malvão e a
Ilha Comprida, a 40 minutos do cais de Paraty. É também conhecida pelo nome de
Ilha do Sapê. Caracteriza-se pela existência de inúmeras formações rochosas,
habitat natural de várias espécies marinhas.
Suas águas claras, limpas e
transparentes permitem observar a intensidade da vida subaquática, com muitos
cardumes coloridos e peixes pelágicos, constituindo excelente pesqueiro. Sua
pouca profundidade constitui um verdadeiro paraíso para mergulhadores
iniciantes.
O atracamento é facilitado por
enorme bloco de pedra existente ao lado do antigo pier de madeira. É um dos
lugares mais visitados pelos saveiros que cruzam a Baía de Paraty.
Pequena trilha na encosta conduz
ao alto da ilha (45m), verdadeiro mirante natural com belo visual sobre a
região. Acesso marítimo pelo cais de Paraty.
Ilha Rapada
Ao norte de Paraty, em frente à
Ilha do Araújo, a 60 minutos de Paraty. Sua orla, guarnecida por grandes blocos
de pedra e cercada por extensos paredões rochosos, abriga várias espécies de
peixes: garoupas, corvinas, cavalas, tainhas, bonitos, vermelhos, xereletes,
espadas, caçonetes, sororocas, caranhas, sargos-de-beiço, salemas, pirajicas e
parus.
Possui vegetação rarefeita, com
pequenos trechos de floresta. Nela funciona um farol da Marinha, automático,
sem guarnição, com pisca-pisca avermelhado, sinalizando a cada 3 segundos, com
visibilidade de 5 milhas, a 48 m acima do nível do mar.
Acesso pelo cais de Paraty, por
Tarituba ou pela Praia Grande.
Ilha do Araújo
Entre a Ponta da Praia Grande e a
Ponta do Rosa, em frente ao Saco Grande, a 6 milhas de Paraty.
É um domínio representativo da
Mata Atlântica, com embaúbas, guapuruvus e aroeiras, entre palmeiras, coqueiros
e amendoeiras, onde vivem pequenos animais, alguns tipos de macacos e muitos
pássaros.
Na Ponta da Baleia, ao norte da
ilha, há uma criação de mexilhões pertencente ao Sr. José da Pousada dos
Navegantes. Possui vários condomínios, escola rural, igreja, bares e até uma
pousada.
A comunidade pesqueira realiza,
anualmente, a Festa do Camarão (junho) e a Procissão Marítima de São Pedro e
São Paulo (julho), com direito à Benção dos Anzóis, missa realizada em pleno
mar.
Em torno da ilha existem 4 lindas
praias: Salvador Moreira e Pontal (leste) e Tapera e Brava (oeste). Pratica-se
camping em áreas determinadas.
Ilha do Ventura
Entre a Ilha das Cabras e a Ilha
das Palmas, próxima à Pedra da Graúna, a 60 minutos de barco de Paraty.
Possui intensa cobertura vegetal,
dominada pela vegetação primitiva, com árvores de pequeno, médio e grande
porte, remanescente da Mata Atlântica, pontilhada por palmeiras e coqueiros.
Possui apenas uma pequena e acolhedora praia, com extensão de 20 m, sombreada
por pitangueiras.
Foi declarada,
extra-oficialmente, em 1990 área franqueada para a prática do nudismo, embora
ainda pouco frequentada por naturistas.
Suas águas tranquilas são de
pouca profundidade (5 m), ideais para mergulhos de observação. Sua maior
elevação possui apenas 42 m. Acesso marítimo por Tarituba, Praia Grande ou pelo
cais de Paraty.
Ilha do Pico
Em frente ao Saco da Barra
Grande, próxima à Ilha Redonda, à 100 minutos de barco de Paraty.
Sua densa e compacta vegetação
nativa é povoada por pequenos animais silvestres e frequentada por várias
espécies de aves migratórias que a utilizam como ponto para pernoite, pouso
transitório e fonte de alimentação.
Constitui excelente ponto
pesqueiro, devido à presença de grandes blocos de pedras, isoladas ou
agrupadas, onde são encontrados garoupas, robalos, badejos, tainhas, vermelhos
e cambiras. Possui convidativa praia com cerca de 50 m sombreados por aroeiras,
de areia clara e fina, banhada por águas límpidas, ideal para banhos. Local de
parada para alguns saveiros que circulam pela região.
Ilha do Maçarico
Entre a Ponta do Guareta e a
Ponta do Meio, em frente ao Morro da Barra Grande, a 100 minutos ao norte de
Paraty.
Possui intensa cobertura vegetal,
com árvores de médio porte, remanescente da floresta primitiva, pontilhada por
palmeiras e coqueiros que lhe dão aspecto bucólico e pitoresco. Seu entorno,
bastante rochoso, possui grandes blocos de pedra esparsos, transformados em
autênticos viveiros de peixes de toca e de passagem, garantindo excelente
pescaria.
As águas em torno do atrativo,
límpidas, transparentes e de pouca profundidade, são muito procuradas para
mergulhos de observação. Acesso marítimo por Tarituba, Praia Grande ou Paraty.
Ilha do Cedro
Entre a Laje Preta e a Ilha do
Caroço, na altura da Praia do Taquari, a 115 minutos do cais de Paraty.
Sua cobertura é formada de
árvores de pequeno e médio porte, onde podem ser vistos representantes da Mata
Atlântica.
Nela existe acolhedora praia com
extensão de aproximadamente 50 metros, de areias amarelas e finas, banhadas por
águas calmas, indicada para banhistas e sombreada por árvores copadas.
Sua orla muito pedregosa é muito
frequentada por praticantes da caça e pesca submarinas, bem como mergulhadores
de observação e pescadores. Sua altitude máxima não atinge 50 m. Acesso pelo
cais de Paraty.